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Pará ACHADO HISTÓRICO

Em Belém, última parte de embarcação encontrada na Doca é retirada

Descoberta durante obras da Nova Doca, antiga embarcação metálica será restaurada e exposta na capital

28/01/2025 às 07h25
Por: Redação Fonte: Agência Pará
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Embarcação foi retirada na noite desta segunda-feira (27) | (Leonardo Macêdo/Ascom Seop)
Embarcação foi retirada na noite desta segunda-feira (27) | (Leonardo Macêdo/Ascom Seop)

Na noite desta segunda-feira (27), foi finalizado o resgate do terceiro e último segmento de uma embarcação metálica antiga, encontrada durante as obras da Nova Doca, na Avenida Visconde de Souza Franco, em Belém.

O processo de escavação e remoção, que levou cinco meses, foi realizado sob a supervisão da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com o objetivo de preservar ao máximo as características originais do achado arqueológico.

A embarcação, com 22 metros de comprimento, 7 metros de largura e 2,25 metros de profundidade, foi retirada em três partes: a proa e duas áreas centrais denominadas "mesial".

Última parte da embarcação será unida com as demais para serem restauradas |(Leonardo Macêdo/Ascom Seop)

Após o resgate, o último segmento será transportado para um laboratório montado no estacionamento de uma faculdade particular, localizada próximo ao Porto Futuro I. O local também será usado para a exposição da embarcação ao público após a conclusão do processo de restauração.

A restauração, que deverá durar cerca de cinco meses, incluirá análises laboratoriais, limpeza do material e a definição de um procedimento técnico adequado para a preservação. Além disso, será construída uma estrutura elevada para reunir as três partes da embarcação, permitindo sua montagem e posterior exibição.

O achado arqueológico é significativo para compreender a história de Belém, especialmente no que diz respeito à sua relação com os rios e igarapés, que já foram essenciais para a locomoção e o transporte na cidade.

A descoberta ocorreu em uma área que, no passado, funcionava como um entreposto econômico e portuário, antes de se transformar em um bairro comercial e habitacional.

O trabalho foi conduzido por uma equipe multidisciplinar formada por arqueólogos, arquitetos e uma museóloga, que monitoraram cada etapa do processo, desde a escavação até o planejamento da musealização.

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